Encerrou-se na última sexta-feira (20) o 2º Congresso Continental da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadores das Américas (CSA). O evento, que começou no dia 17, reuniu sindicalistas das Américas na tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu, para debates relacionados ao tema "Desenvolvimento Sustentável, Democracia e Trabalho Decente" e resoluções de planejamento das atividades entre 2012 e 2016.
Presente e atuante, a comitiva da Força Sindical contou com 23 delegados, dentre eles a vice-presidente Nair Goulart; João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Central, Geraldino dos Santos, secretário de Relações Sindicais e Nilton Souza da Silva, o Neco, presidente do Sindec-POA e secretário de Relações Internacionais da central.
"A delegação da Força, tanto no Congresso, quanto nos comitês, foi a central que, junto com as suas aliadas, CTM do México, Croc do México, CSE do Equador e CTV da Venezuela, conseguiu pautar o debate em cima de propostas concretas no sentido de defender a CSA", declarou Neco, explicando o posicionamento da central perante a criação do Instituto da CSA.
Na ocasião, foi aprovado um parágrafo que garante a prestação de contas e o comando político do Instituto à Confederação, mesmo este sendo um órgão à parte da CSA. Também ficou estabelecido que os dirigentes da instituição prestarão contribuição de forma voluntária, sem o recebimento de remuneração de qualquer espécie, garantindo a transparência e seriedade da organização.
Uma das questões fortemente defendidas pela Força Sindical no evento foi a defesa do espaço da mulher. "A Força Sindical participou com uma delegação de 23 dirigentes sindicais, tendo respeitado a questão de gênero, mantendo 40% da delegação entre jovens e mulheres", contou Neco.
O tópico também foi uma preocupação da Força Sindical durante a resolução dos estatutos, onde, apesar da derrota, o secretário avalia como uma das grandes contribuições da central para o Congresso. "Fomos derrotados, mas propusemos o debate na questão de gêneros, de manter a representação da mulher no secretariado. A Força Sindical está de parabéns, junto aos seus aliados neste sentido, de ter sido protagonista. Não é só na conversa e nos documentos que o espaço da mulher e do jovem deve ser garantido", defendeu Neco.
O papel da central na defesa da democracia e liberdade sindical durante o evento também foi um ponto positivo na avaliação do secretário. "Muito do que levamos de saldo positivo é o que conseguimos junto com todo o Congresso, garantindo a unidade do movimento sindical nas Américas", conclui Nilton Neco.