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Centrais pedem a Tarso política de estado para valorização permanente do Piso Regional

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Trabalhadores mobilizaram-se em frente ao Palácio Piratini, onde líderes entregaram documento ao governador.

A mobilização das centrais sindicais pelo reajuste e valorização do Salário Mínimo Regional teve continuidade nesta quarta-feira, 14, com a entrega da pauta de reivindicação ao governador Tarso Genro. Os representantes das entidades foram recebidos no Palácio Piratini, onde apresentaram o documento com as reivindicações, destacando o reajuste de 13% para o piso e a elaboração de uma política de estado para garantir a valorização do salário.

Mostrando-se favorável à elevação do Piso Regional, Tarso afirmou que o aumento do Salário Mínimo é de interesse do governo e garantiu continuidade da política valorização. "Não aumentar o Salário Mínimo Regional é perder uma ferramenta de desenvolvimento", afirmou o governador, anunciando que o projeto do governo em relação à pauta será apresentado ainda nesta tarde.

Para o representante da Força Sindical, Dionísio Mazui, que participou pela central junto a Edison Feijó, o encontro gerou expectativa positiva a partir do comprometimento com a valorização do piso declarado por Tarso Genro. Mazui também destacou a base para a composição da pauta, orientada para garantir a continuidade da valorização do Salário: "O projeto que as centrais encaminharam foi debatido com o Conselho de Desenvolvimento (CDES-RS) e mostra pelos estudos que o Dieese apresentou, que é um projeto de reposição e não apenas de aumento. Este aumento de salário viria se fossem concedidas as reposições do valor histórico que tinha o salário até começar a ser desvalorizado", explicou.

O economista do Dieese, Ricardo Franzói, também acompanhou o encontro e avaliou a influência da alteração do piso regional, que além de ser determinante para os trabalhadores sem representação de categoria, também interfere diretamente nas negociações coletivas dos sindicatos e na economia de forma geral. "Além da questão dos salários e do impacto das negociações, temos que olhar para a crise, num sentido mais macroeconômico. O Brasil não tem sido tão atingido por conta do crescimento do mercado interno, que é muito favorecido inclusive pelo crescimento dos pisos regionais e dos reajustes que os trabalhadores negociam nas suas datas-base", concluiu.

No lado de fora do Palácio Piratini, a representação das centrais coloriu a Praça Matriz, aguardando a definição da pauta. A expectativa continua nesta tarde, quando o projeto será finalizado pelo governador, devendo ser encaminhado, na sequência, para a Assembleia Legislativa do Estado.

Texto: Andréia Sarmanho

Fotos: Cintia Rodrigues

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