Brasileiro precisa de R$ 2.329 no mínimo para pagar despesas
por Jousi Quevedo | O Dieese verificou que são necessárias 4,27 vezes o valor do salário mínimo atual para suprir as demandas do trabalhador.
Brasileiro precisaria de um salário mínimo no valor de R$ 2.329,94 em outubro para conseguir arcar com suas despesas básicas, de acordo com dados divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A entidade verificou que são necessárias 4,27 vezes o valor do salário mínimo atual para suprir as demandas do trabalhador. O cálculo foi feito com base no mínimo de R$ 545, em vigor. Em setembro, o valor necessário para suprir as necessidades mínimas do trabalhador era de R$ 2.285,83, sendo 4,19 vezes maior que o salário mínimo.
O salário mínimo necessário é o que segue o preceito constitucional de atender às necessidades vitais do cidadão e de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, sendo reajustado periodicamente para preservar o poder de compra.
O comprometimento com os gastos da cesta básica alcançava, em média, 46,48% do salário mínimo em outubro, após a dedução da parcela referente à Previdência Social, ante os 46,43% necessários em setembro. No mesmo período de 2010, o percentual comprometido era de 46,53%.
Ainda segundo o Dieese, com a alta nos preços dos produtos da cesta básica verificada em 10 das 17 capitais analisadas em outubro, subiu em 6 minutos o tempo de trabalho necessário para comprar o conjunto de alimentos, se comparado ao tempo usado em setembro, ao passar de 93 horas e 58 minutos, em média, para 94 horas e 04 minutos. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Em outubro de 2010, a mesma cesta exigia 94 horas e 11 minutos de trabalho.
No mês passado, Porto Alegre foi a capital onde as pessoas mais precisaram trabalhar para comprar a cesta básica: 111 horas e 57 minutos, 2 horas e 7 minutos a mais do que no mês anterior. Em seguida, aparecem São Paulo (107 horas e 46 minutos) e Florianópolis (105 horas e 21 minutos).
As capitais onde as pessoas tiveram de trabalhar menos, na comparação com as demais cidades, no mês passado, foram Aracaju (73 horas e 45 minutos) e João Pessoa (78 horas e 46 minutos).
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