Adiamento da obrigatoriedade do ponto eletrônico prejudica mais uma vez o trabalhador
Jousi Quevedo

Clàudio Janta, alerta que o que foi alterado é a data limite de obrigatoriedade, mas que o ponto já está valendo.

A data limite para a entrada em vigor do Ponto Eletrônico foi alterada novamente, segundo a portaria n° 1979, publicada nesta segunda-feira. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que, "considerando que foi concluído o diálogo social tripartite e após avaliação das manifestações encaminhadas ao Governo Federal", decide alterar a data para início da utilização obrigatória do Registrador Eletrônico de Ponto (REP), "de modo improrrogável" para o dia 1º de janeiro de 2012.

No entato, tanto representantes dos trabalhadores quanto empresários criticaram o adiamento. O presidente da Força Sindical-RS e secretário-geral do Sindec, Clàudio Janta, afirmou que não há motivos para as empresas que já contam com os equipamentos não implantarem imediatamente a tecnologia em benefício da transparência do trabalho. "Os empresários que já estão preparados não têm motivo para adiamento. Não há desculpa pois o que foi alterado é a data limite para ser obrigado, mas já está em vigor, isso que precisa ser entendido", disse.

Segundo o sindicalista, adiar o funcionamento do ponto eletrônico prejudica o trabalhador , que fica sem controle sobre o tempo de trabalho e beneficia os maus empregadores que podem ainda "mexer" nos registros de entrada e saída dos empregados, alegando sistema fora do ar, entre outras desculpas. "Defendemos a implantação imediata deste direito, porque é garantia tanto para o trabalhador quanto para o empregador honesto", argumentou.

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