No Seminário de Planejamento Estratégico da Secretaria Internacional da Força Sindical sindicalistas de diversas categorias e de diversas partes do Brasil, trocam experiências, debatem sobre os princípios norteadores da central e elaboram políticas que orientem a ação sindical internacional.
Dirigentes da Força Sindical iniciaram na segunda-feira, 20, na cidade de Bento Gonçalves, região serrana do Rio Grande do Sul, o Seminário de Planejamento Estratégico da Secretaria Internacional.
O Seminário antecede o Fórum Social Mundial Temático (FST), que acontecerá entre os dias 21 e 26 de janeiro de 2014, na cidade de Porto Alegre (RS) sob o tema "Crise Capitalista, Democracia, Justiça Social e Ambiental".
Para o Secretário de Relações Internacionais da Central, Nilton Neco o encontro é importante uma vez que “a Força Sindical está crescendo e precisamos estabelecer a linha mestra para a nossa ação internacional”.
Compondo a mesa de abertura do Seminário, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Bento Gonçalves José Elvio Atzler, afirmou que a escolha da cidade para a realização do Seminário foi acertada. “A região é uma das maiores produtoras de vinhos do Brasil, e como o armazenamento da bebida é feito em tanques de inox, a categoria metalúrgica é forte”, explicou Elvio.
Mônica Lourenço Veloso, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), também elogiou a escolha do local onde, segundo ela, “sindicalistas de diversas categorias e diversas partes do Brasil, podem compartilhar experiências e se concentrarem unicamente na elaboração de melhorias para a política internacional”. Além disso, Mônica destacou a importância do esforço em realizar este Seminário uma vez que “uma Secretária Internacional bem organizada e atuante pode abrir parcerias e intercâmbios”.
Outra representante das mulheres que compôs a mesa de abertura do Seminário, Maria Auxiliadora, Secretária Nacional da Mulher da Força Sindical, levantou a necessidade de maior igualdade de gênero na ação internacional, e valorizou a iniciativa de realizar um planejamento, por parte da Secretaria Internacional. “Só podemos desenvolver um bom trabalho com planejamento e organização. Com isso poderemos cada vez mais aprimorar a representatividade da nossa central”, afirmou Auxiliadora.
Já o Secretário Geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, analisou a importância estratégica do Planejamento sob o âmbito das mudanças no mercado de trabalho e do comércio internacional. Segundo ele “cada vez mais as indústrias se dispersam geograficamente, sendo a produção, muitas vezes, realizada em diversos países. Como o processo passa a envolver diferentes leis trabalhistas, cada vez mais se fazem necessárias convenções internacionais que protejam o trabalhador”. Além disso, disse Juruna, “na ação internacional os sindicatos podem aprender com os avanços nas convenções coletivas de outros países, e ainda passar suas experiências”.
A abertura do Seminário contou também com a participação do professor de sociologia política da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Dr. César Beras.
Beras embasou sua palestra no método conhecido como “Planejamento Estratégico Situacional” (PES), concebido por Carlos Matus, ministro do governo de Salvador Allende, Chile, em 1972.
Adaptada para a política sindical atual o professor chamou a atenção para o fato de que o planejamento não pode engessar a ação, mas ser uma bússola de orientação. Segundo ele os sindicalistas devem saber ocupar seu espaço político dentro da concepção ideológica da sua entidade. Daí a necessidade do planejamento estratégico.
Participaram também da abertura do Seminário: Sérgio Luiz Leite, presidente da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo, Milton Cavalo, Secretário de Cultura e Memória da Força Sindical, Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical São Paulo, Cenise Monteiro, do Sindicato dos Telefônicos do Estado de São Paulo e da Uni Sindicato Global, Ruth Coelho Monteiro, Secretária Nacional dos Direitos Humanos da Força Sindical, Arnaldo Gonçalves, Secretária Nacional de Saúde da Força Sindical, entre outros.
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