Desemprego sobe e fecha primeiro trimestre em 7,1%
A taxa de desemprego no país registrou leve queda de 0,9 ponto percentual no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, ao recuar de 8% para 7,1%. Apesar da queda no indicador trimestre/igual trimestre do ano anterior, na comparação com o quarto trimestre do ano passado, o desemprego subiu 0,9 ponto percentual, ao passar de 6,2% para 7,1%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e foram divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo as informações, o nível da ocupação para o mesmo período (56,7%) recuou em relação ao quarto trimestre de 2013 (57,3%) e subiu na comparação ao primeiro trimestre de 2013 (56,3%). Cerca de 77,7% dos empregados do setor privado, no primeiro trimestre de 2014, tinham carteira de trabalho assinada, com avanço de 1,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2013. As regiões Norte (64,6%) e Nordeste (62,8%) mostraram os menores percentuais nesse indicador.
Os dados da Pnad Contínua indicam que a população desocupada no primeiro trimestre do ano ficou em 7 milhões de trabalhadores, enquanto o número de ocupados totalizou 91,2% milhões. Entre os empregados no setor privado, 77,7% tinham carteira assinada, um avanço de 1,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2013.
Os números são superiores aos da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), cuja taxa de desocupação fechou o primeiro trimestre em 5%, alcançando o melhor resultado trimestral desde o início da série. A Pnad Contínua, que chegou a ter a divulgação suspensa pelo governo federal e levou os servidores do IBGE às ruas, está sendo concebida para gradualmente substituir a PME. A principal diferença entre entre as duas pesquisas é com relação à abrangência da coleta de dados. Enquanto a PME acompanha o mercado de trabalho nas seis maiores regiões metropolitanas do país, a Pnad Contínua faz uma análise mais abrangente, envolvendo um total de 3.464 municípios.
A Pnad Contínua usa os novos conceitos recomendados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para aferição do mercado de trabalho.
Fonte: Jornal do Comércio