Benefícios como o PIS podem ajudar a reforçar o orçamento
Gabriella Oliveira
Mão segurando notas de cem reais e um cartão da Caixa Econômica Federal

Embora esquecidos por muitos trabalhadores, abonos ajudam a sair do sufoco

Tempos de crise tornam preciosa toda forma de renda. Alguns abonos pagos pelo governo, e muitas vezes esquecidos pelos trabalhadores, podem trazer o fôlego necessário para enfrentar a combinação de inflação e desemprego. Um deles é o Programa de Integração Social (PIS), que neste ano irá distribuir R$ 17,1 bilhões a 23,4 milhões de trabalhadores brasileiros, conforme o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalho (FAT).

Também chamado de Abono Salarial, o benefício assegura o valor de até um salário mínimo aos trabalhadores que recebem em média até dois salários de empregadores que contribuem para o PIS ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Para que o funcionário receba, é preciso que o empregador o inclua na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O valor que está sendo pago no calendário 2015/2016 é de R$ 788 para quem trabalhou os 12 meses de 2014 _ quem atuou menos tem remuneração proporcional, conforme a Fortus Assessoria Contábil. O saque pode ser feito nas agências da Caixa ou por meio do Cartão do Cidadão nos canais de autoatendimento do banco, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui. Correntistas da Caixa recebem o crédito do pagamento diretamente nas suas contas. Os benefícios não retirados retornam ao FAT.

O pagamento vai até 30 de junho deste ano. Quem obteve o direito do benefício por ter trabalhado em 2015 começará a receber a partir de julho de 2016, ordenado a cada mês, de acordo com a data de nascimento do beneficiário.

Muita gente esquece ou deixa parado o dinheiro de abonos. No Rio Grande do Sul, 1,485 milhão de trabalhadores têm direito a retirar o dinheiro atualmente. Até agora, 1,077 milhão sacaram — ou seja, cerca de 400 mil pessoas correm risco de ficar sem o benefício, que tem orçamento de R$ 881 milhões para o Estado.

— Além de alguns casos de quem esquece de sacar, há também situações em que os empregadores não enviam corretamente a Rais. Então, é importante que o trabalhador procure saber se os dados estão sendo enviados _ aponta Evanir Aguiar dos Santos, diretor operacional da Fortus.

Segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, cerca de 830 mil servidores e empregados públicos que trabalharam antes de 1988 podem ter direito a sacar todo o saldo disponível no Fundo PIS/Pasep — que é diferente do abono salarial. Além disso, 3,79 milhões de trabalhadores do setor privado podem ter esse mesmo direito. O total de recursos em 30 de junho de 2015 era de R$ 37,9 bilhões.

NÃO PERCA SEU DINHEIRO

REGRAS PARA TER DIREITO AO ABONO SALARIAL

Estar cadastrado no PIS há pelo menos cinco anos.

Ter recebido remuneração mensal de até dois salários mínimos durante o ano-base.

Ter exercido atividade remunerada para Pessoa Jurídica, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base.

Ter seus dados informados pelo empregador corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

COMO RECEBER

Por crédito em conta, quando o trabalhador tem conta corrente ou poupança na Caixa.

Nos caixa eletrônicos, nas casas lotéricas e nos Correspondentes Caixa Aqui utilizando o Cartão do Cidadão.

Em uma agência da Caixa, apresentando o número do PIS e um documento de identificação.

O saque deve ser feito até 30 de junho.

COMO ACESSAR O FUNDO PIS/PASEP

O benefício é válido para quem trabalhava antes de outubro de 1988 e ainda não sacou o valor total.

Procurar uma agência da Caixa Econômica Federal, se trabalhava numa empresa privada.

Procurar uma agência do Banco do Brasil, se era servidor público.

Fonte: Zero Hora

Voltar pro topo