O apoio oferecido por órgãos públicos e privados na prevenção e combate das LER/DORT domina palestras da manhã
Jousi Quevedo

Os palestrantes são profissionais da área de sáude física.

As atividades da 6ª Semana de Prevenção das  LER/DORT tiveram continuidade na manhã desta terça-feira com a apresentação dos palestrantes por Carlos Alberto Cimino, um dos organizadores do evento.

Os palestrantes são profissionais da área de sáude física e o tema debatido girou em torno da visão dos órgãos públicos e privados sobre os problemas das LER/DORT.

A médica do Trabalho Maria Carlota Brum enfocou como a Secretaria Estadual da Saúde age no cuidado ao trabalhador no contexto das LER/DORT. Ela contou que os profissionais da indústria coureiro calçadista são um grupo que passa por muitos problemas relacionados ao esforço repetitivo.

Dentre os fatores enumerados pela médica para análise das doenças estão o ambiente de trabalho, a biologia humana, a organização da saúde, o processo de trabalho, perfil de produção e consumo.

A Secretaria Estadual da Saúde realiza atividades no sentido de chamar a atenção das secretarias municipais para a prevenção e o combate das LER/DOR. Há 12 Centros Regionais de  Referência em Saúde do Trabalhador (Cerests) no Rio Grande do Sul que tratam das doenças a partir da aprovação da lei que originou a política de Renast (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador), em 2002.

A região do Estado que mais apresenta notificações de LER/DORT é a de Porto Alegre,  incluindo Gravataí e Cachoeirinha, afirmou a médica. Dentre as doenças, destacam-se lesões no ombro, no dorso e lombar abaixo, cotovelo e bursites.

Outro convidado foi Alfredo Gonçalves, diretor de Saúde dos Metalúrgicos. O evento conta com apoio da Força Sindical-RS e Sindec-POA.

O segundo palestrante da manhã foi Thiago Lorenzi, profissional de Educação Física, que tratou de um case de sucesso na área de saúde do Trabalho. Uma empresa implementou um centro de saúde interno para os empregados, que conta com academia de ginástica e espaço para atividades físicas laborais e fisioterapêuticas.

Segundo Lorenzi, o centro diminui muito as ocorrências de doenças, prevenindo e melhorando a qualidade de vida dos profissionais. "Programas corporativos de atividade física não são novidade e trazem retorno alto em qualidade e em custo", disse.

Dados recentes apontam que muitas empresas têm altos gastos com saúde, valor que fica atrás somente da folha de vencimentos das firmas.

O tratamento é realizado em três eixos: fisioterapia preventiva, de reabilitação e musculação, variando conforme as doenças apresentadas.

Como resultados do centro de atividades físicas estão diminuição de peso, preparo do trabalhador para ofício que requer aptidão física, ganhe de força lombar, flexibilidade e maior qualidade de vida.

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