Lojistas esperam pelo melhor Natal da década
Renata Germano

Aumento dos recursos do 13º em circulação e bons indicadores de emprego impulsionam a data.

Enquanto a decoração típica começa a chegar lojas, o varejo gaúcho dá a partida nas projeções para as vendas da principal data do calendário do setor. Com a economia, a renda e o emprego a galope, a aposta das entidades é de que o Natal confirme a expectativa de ser o melhor dos últimos anos, com crescimento de 8% a 12% sobre o ano passado.

A estimativa inicial da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre é de um resultado entre 8% e 10% superior a 2009, um cenário que considera o comportamento do consumidor monitorado nas últimas semanas. Como o funcionalismo gaúcho põe no bolso a primeira parcela do 13º no dia 15, a tendência é de o movimento aumentar a partir do final do feriadão.

– Vai ser o melhor Natal da década. Em outubro as vendas cresceram 8% sobre o mesmo mês do ano passado e, nestes primeiros dias de novembro, 9,5% – afirma Gustavo Schifino, vice-presidente da CDL.

Ainda mais otimista é o cenário traçado pelos supermercadistas. Pesquisa da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) indica que, no Brasil, o segmento espera faturamento 12,54% maior em relação ao ano passado. A confiança no Estado é a mesma, diz o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo.

– Poucas vezes ficamos abaixo da média brasileira. É o melhor Natal de todos os tempos – sustenta.

Em linha com a CDL, o presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado (Fecomércio), Zildo De Marchi, também acredita em vendas de 8% a 10% maiores. Alimentos, vestuário e eletroeletrônicos deverão ter desempenho semelhante, sem que qualquer um se sobressaia, antecipa o empresário.

– Dos últimos quatro anos, é o Natal mais positivo – diz De Marchi.

Ainda não há como apontar o produto que mais vai estar nas listas de compras, diferentemente do que ocorreu nos últimos três anos. Em 2007, os celulares eram os mais procurados, em 2008, as TVS de tela plana, e no último Natal, notebooks e netbooks eram os preferidos.

– Neste ano, falta um item de tecnologia que pareça direcionar as compras. Por isso, a grande resposta deve ser dos vestuários – afirma Schifino.

Fonte: Zero Hora - CAIO CIGANA

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