Governo aumenta as parcelas do Seguro-Desemprego
Régis Araújo

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou a ampliação do número de parcelas do seguro-desemprego, que hoje varia de três a cinco meses, para cinco a sete meses. No entanto, o aumento do número de parcelas será autorizado somente para alguns setores.

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou a ampliação do número de parcelas do seguro-desemprego, que hoje varia de três a cinco meses, para cinco a sete meses. No entanto, o aumento do número de parcelas será autorizado somente para alguns setores.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse hoje em entrevista, minutos antes da aprovação pelo Codefat, que o ministério vai definir, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os setores que serão beneficiados com a ampliação das parcelas do seguro-desemprego. O ministro disse que a prioridade será para trabalhadores dos setores mais atingidos pelos efeitos da crise financeira internacional. Apesar de não haver uma definição sobre os setores, Lupi mencionou os de siderurgia, aço, mineração e produção de frutas.

Segundo o secretário-executivo do Codefat, Rodolfo Toreli, a medida valerá para os trabalhadores demitidos a partir de dezembro de 2008. Neste caso, a ampliação se dará a partir de abril, já que o número mínimo atual é três parcelas. O valor da parcela do seguro-desemprego varia de R$ 465,00 a R$ 870,01. A média é de R$ 595,20. A parcela é calculada com base no salário do emprego mais recente.

Lupi admitiu que, se houver um agravamento da crise, o governo poderá aumentar o número de parcelas para dez e disse que essa medida viria por medida provisória (MP). Antecipou, no entanto, que o índice de desemprego em janeiro deverá ser inferior ao de dezembro. Segundo Lupi, alguns setores da economia já mostram recuperação, como o da construção civil, o de serviços e agricultura nos Estados da Região Sul e em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

"A minha previsão de que em março teremos dados positivos começa a ser confirmar", disse o ministro, admitindo que janeiro ainda registrará números negativos.


Fonte: Jornal Estado de São Paulo***

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