Força do Pensamento 3 - Último painel do evento debate Fogo, Energia e suas Utilizações
Jousi Quevedo

Especialistas abordam a questão energética e os problemas ambientais com o esgotamento de recursos.

O último painel da 3ª edição do ciclo de debates Força do Pensamento abordou o tema Fogo (energia e suas utilizações) com mediação do presidente do Instituto Girassol da Força Sindical, Marcelo Furtado. Celso Waldemar representou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre e disse que é importante o papel da Força Sindical em promover um debate ambiental. Ele falou de energia, combustíveis fósseis e mudanças climáticas e disse que as energias limpas e renováveis estão em alta porque os gases doo efeito estufa estão promovendo mudanças no clima. "Demoramos a aceitar o problema e agora a humanidade se deu conta que precisa enfrentar esse problema", disse. O aumento de desastres naturais também estão relacionados à queima de petróleo, carvão e demais combustíveis fósseis.

O engenheiros apresentou gráficos e mapas que demonstram a tendência no número de eventos perigosos e desastres. As soluções para o meio ambiente devem ser rápidas, indica o representante da secretaria, afirmando que o Brasil está muito atrasado por exemplo na questão das hidrelétricas que contribuem para o efeito estufa.

Ele cita o Parque Eólico de Osório, que beneficia investimentos na área, como exemplo positivo. Tecnicamente com a energia eólica é possível manter a infraestrutura urbana. O aquecimento solar de água, casas e espaços também é outra alternativa de consumo sustentável que protege o meio ambiente. "A energia eólica está avançando muito no Brasil, felizmente, mas é o único progresso sustentável", disse Celso Waldemar, que defende ainda a "democratização da energia" e o progresso sustentável permanente, afirmando que não adianta ter um carro do ano e enfrentar uma enchente por semestre na região, arriscando ter perdas enormes. "Ainda podemos agir agora", disse Waldemar sobre o aquecimento global.

O engenheiro frisou a democratização da energia e criticou Belo Monte: "quando as pessoas gerarem sua energia, não haverá gastos com usinas".

O presidente da Força Verde, Lélio Falcão, abordou as mudanças climáticas e como afetam o local, o regional e o mundial. "A mudança climática traz implicações para os trabalhadores, moradores e todos nós", sintetizou Lélio. O sindicalista apresentou estratégias de luta contra desertificação, degradação e os efeitos da seca no RS. Dados mostrados pelo presidente da Forca Verde RS mostram que a energia é subutilizada.

A educação básica de qualidade é necessária para o entendimento das questões ambientais. Lélio comentou e convidou a todos para a Conferência Internacional do Bioma Pampa em novembro de 2011 na cidade de Livramento. Lélio, como presidente da Força Verde, tem uma miríade de dados rurais e urbanos sobre o meio ambiente e trabalho e sugeriu propostas de políticas públicas para o meio ambiente em interação com o trabalho no campo e na cidade.

"Democratizar as políticas energéticas é fundamental, assim como restringir as atividades energointensivas e o uso de fontes não sustentáveis", enumerou.

"Há exigência dos 'urbanos' para que os 'rurais' cumpram, mas para os 'urbanos' não há exigências" criticou Lélio sobre mata ciliar em canais".

Representando o presidente Clàudio Janta, o diretor Cláudio Correa fez o encerramento oficial do 3º Força do Pensamento.

O próximo Força do Pensamento está sendo planejado. Aguarde informações em breve sobre a quarta edição do evento. Venha, debata, informe-se. 

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