Força do Pensamento 3 - Ar concentra os debates no painel 3 com participação do poder público e terceiro setor
Jousi Quevedo

Palestrantes falaram da qualidade do ar e do conceito de sustentabilidade.

O painel 3 do Força do Pensamento sobre o Ar iniciou na parte da tarde, com mediação do diretor da Força Sindical-RS Luis Carlos Barbosa, com a participação de Sabrina Feltes, representante da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

Segundo, Sabrina o RS também sofre com os efeitos da poluição atmosférica. Porto Alegre, por exemplo, ficou recoberta com uma névoa devido às queimadas no centro do país em junho de 2010. "A poluição atmosférica é uma preocupação mundial e nos afeta diretamente", afirmou Sabrina. A superlotação dos hospitais da cidade por problemas respiratórios é exemplo dos problemas práticos da poluição.

A palestrante comentou sobre o programa de valorização da qualidade do ar da Fepam, que faz cumprir leis e resoluções do país na fiscalização da qualidade do ar. A fundação é responsável pela avaliação e medição da qualidade do ar do RS, ou seja, trabalham na gestão do ar do Estado. No site da Fepam se encontra o Plano Ar, que traz índices da qualidade do ar, a regulamentação e o controle e o índice veicular de poluição. A principal recomendação do plano apresentado pela Fepam é o Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos. Segundo dados apresentados pela Fepam, frota gaúcha emite sozinha 430 mil toneladas de monóxido de carbono a cada ano. "É imprescindível que o Estado tenha equipamentos para monitoramente da qualidade do ar", disse Sabrina. Há monitoramente na Esef, nas estações de trem e no Centro de Porto Alegre.

Fabrício Azolim, do Departamente de Florestas e Áreas Protegidas/Secretaria Estadual do Meio Ambiente, afirmou que a floresta interage com todos os elementos da natureza e que as regras e leis são maneiras para convivência em equilíbrio com o meio ambiente. "E isso se choca com muitos interesses", afirmou, ao citar a recente discussão do Código Ambiental.

O departamento fiscaliza o Sistema Estadual de Unidades de Conservação de áreas de preservação permanente e florestas. "Temos uma legislação complexa da gestão de política florestais no nosso Estado", disse Azolim. A questão do Bioma Pampa é uma das  leis mais discutidas no Estado. Há outras legislações, estaduais, federais e municipais, que devem ser atualizadas ainda. No RS, há o Bioma Mata Atlântica e o Bioma Pampa, com legislações específicas. A Fepam tem a intenção de unificar os dois códigos para gerenciar as áreas. O palestrante encerrou a apresentação mostrando as principais plantas e florestas do RS e as riquezas produzidas preservadas nos planos da Fepam.

Paulo de Tarso, coordenador da Agenda 2020, enfocou o tema do Ar na linha da inovação. O representante da Agenda 2020 fez uma análise do uso do ar nas novas tecnologias e o quanto de energia se utiliza nos processos. Ele questionou que se fala muito em desenvolvimento sustentável sem se saber ao certo o que é. Segundo o especialists, as regulemtações tem o papel de limitar, mas essas regulações podem ser prejudiciais porque a legislação não contém todo o desenvolvimento. "Vamos conseguir chegar a este conceito prático de sustentabilidade apenas com inovação", disse. O palestrante explica que conceito de  "Glocalização" (pensar global + agir local) dá lugar à "inovação reversa" (países emergentes pautam a preservação dos  recursos).

A revolução sustentável passa pela educação, conforme o especialista. O entendimento de que novas matrizes produtivas e uma nova linha de produção e vida é possível. A governança é outro ítem citado, que ocorre  de forma articulada, com pautas mínimas comuns e sinergia. "Governança é a capacidade dos diferentes atores se articularem em suas diferentes visões", define Paulo de Tarso no Força do Pensamento. A pauta mínima parte da tríplice hélice: poder público, universidade e setor produtivo.

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