Falta de água já chega a três dias na Capital
Régis Araújo

Mais de 200 mil pessoas estão enfrentando desde domingo falta de água, que atingiu 16 bairros da Capital e, aliada à temperatura acima dos 30 graus, alterou a rotina de comércios e residências. Ontem, alguns edifícios precisaram ser abastecidos emergencialmente.

Mais de 200 mil pessoas estão enfrentando desde domingo falta de água, que atingiu 16 bairros da Capital e, aliada à temperatura acima dos 30 graus, alterou a rotina de comércios e residências. Ontem, alguns edifícios precisaram ser abastecidos emergencialmente.

O Dmae informou na terça-feira (8/4) à noite que estava fazendo o possível para que o problema fosse sanado hoje (9/4). A razão de todo o drama é o rompimento de uma adutora que tem canalização datada do ano de 1923 na rua Câncio Gomes e que leva água para a Estação de Tratamento Moinhos de Vento.

Para driblar os transtornos, muitas pessoas tiveram de recorrer a práticas pouco usuais em grandes cidades. Acostumado com o desabastecimento de água em municípios do Interior, o casal de aposentados Lucia e Roldão Pires tem o hábito de reservar água em galões. ?Mas a reserva só foi suficiente para algumas horas?, contou Lucia, 70 anos, moradora do bairro Bela Vista. Por mais de 50 horas, a louça das refeições ficou acumulada e o banho precisou ser adiado.

Proprietário de uma lavanderia na rua Mariland, no bairro Auxiliadora, Fernando Elsner apontou que a constante falta de água na região tem comprometido a entrega de roupas a clientes. ?Todos os equipamentos são movidos à água, desde as máquinas de lavar até os ferros a vapor. Sem abastecimento, o nosso serviço pára?, reclamou o porto-alegrense.

Uma alternativa para se livrar do desabastecimento foi o transporte de água potável por caminhões-pipa. A interrupção do fornecimento teve início na madrugada de domingo, com o rompimento de adutora com 85 anos de uso, na esquina das ruas Câncio Gomes e Voluntários da Pátria. O problema, que era para ter sido resolvido em menos de 24 horas, agravou-se na madrugada de segunda-feira, com o vazamento na Dr. Vale com a Cristóvão Colombo.

O diretor-geral do Dmae, Flávio Presser, explicou que houve uma seqüência de rompimentos na adutora antiga. Segundo ele, a canalização está em processo de substituição desde 2007 e a troca da adutora será feita dia 19. ?Fomos infelizes com os transtornos, às vésperas da renovação da rede distribuidora.?

Fonte: Correio do Povo

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