Empresários do Comércio otimistas com 2009
Régis Araújo

Os empresários do Distrito Federal têm boas perspectivas para este ano:pesquisa realizada pela Fecomercio-DF aponta que 53,3% acreditam em aumento de vendas em 2009 e 44,9% esperam desempenho estável, se comparado a 2008. Os que aguardam uma pequena recessão são apenas 1,8% dosentrevistados. O levantamento aponta ainda que 66,2% dos empresários estão otimistas em relação ao desempenho da economia brasileira.

Os empresários do Distrito Federal têm boas perspectivas para este ano:pesquisa realizada pela Fecomercio-DF aponta que 53,3% acreditam em aumento de vendas em 2009 e 44,9% esperam desempenho estável, se comparado a 2008. Os que aguardam uma pequena recessão são apenas 1,8% dos

entrevistados. O levantamento aponta ainda que 66,2% dos empresários estão otimistas em relação ao desempenho da economia brasileira. Somente 38,8% não têm expectativas positivas para o crescimento econômico. Entre os

animados, 28,2% são do segmento de vestuário e 73,3% são lojistas de shoppings.

Em Belo Horizonte, 72% dos entrevistados pela Fecomercio-MG estão otimistas em relação ao desempenho das vendas no primeiro trimestre de 2009; dos entrevistados, 25% não estão otimistas e 2,9%, indiferentes. A maior preocupação do empresário é com o agravamento da crise financeira internacional (52,8%), seguida da perda de confiança do consumidor (18,2%), ambos diretamente correlacionados. Para atrair os consumidores, a ação mais citada foi a promoção de liquidações, com 53,8% das respostas.

Para 2009, o foco estratégico das empresas do setor será combinar preço (39,9%) com oferta de mercadorias com qualidade (33,0%).

A crise financeira parece ter abalado o otimismo dos empresários do comércio da Grande Florianópolis. De acordo com o cenário projetado por 66% dos comerciários entrevistados pela Fecomercio-SC, a crise deverá

influenciar negativamente o comércio. Segundo os entrevistados, a crise influenciará em virtude da redução nas compras (28,1%) e do impacto do dólar no aumento dos preços (14,7%). Para se precaver e não afetar o consumidor, 55,3% dos empresários adotarão promoções, e 46,1% vão

facilitar as formas de pagamento.

Outro motivo de preocupação para os comerciantes de Santa Catarina é a tragédia decorrente das fortes chuvas, que deverá diminuir as vendas no estado, segundo 47% dos entrevistados pela Fecomercio-SC. De acordo com o presidente da entidade, Edmundo Pacheco, não é possível prever em cifras os prejuízos causados pelas chuvas, porém, já se pode projetar queda nas

vendas do comércio varejista. ?Antes, com a crise econômica internacional, prevíamos um crescimento de vendas igual ou até superior ao ano passado.

Agora, mesmo as cidades pouco atingidas pelas chuvas deverão sentir a diminuição do faturamento, devido à queda na produção, às estradas parcial ou totalmente interditadas e à inatividade portuária?, avalia.

A mesma crise internacional que preocupa os empresários de Santa Catarina teve seu impacto amenizado no comércio do Rio Grande do Sul, em razão dos bons resultados do setor nos últimos dois anos. Levantamento sobre as variações do Índice de Vendas do Comércio do estado (IVC-RS) para o acumulado nas vendas de dois anos até dezembro de 2008 sinaliza que o

setor terciário acumulou, no estado, um crescimento de 15,1%.

Dos 19 setores varejistas e atacadistas avaliados pelo indicador, apenas o varejo de vestuário/calçados e de livros, jornais e papelaria apresentou variação negativa. Segundo Eduardo Merlin, do economista da Fecomercio-RS, mesmo

com a possível desaceleração das vendas de alguns setores em 2009, os bons números impedirão o retrocesso do setor. ?É preciso ter uma visão mais a longo prazo. Em 2005 tivemos uma grande estiagem que jogou as vendas aqui no Estado para baixo. Mesmo assim conseguimos uma recuperação nos anos seguintes, e essa crise internacional não terá destino diferente: vai ser superada?, acredita. O economista destaca: existe espaço para desacelerar sem retroceder este ano.

Para o diretor executivo da Fecomercio-SP, Antonio Carlos Borges, o desempenho em 2009 será, na melhor das hipóteses, o mesmo de 2008, com um consumidor mais preparado para as dificuldades econômicas . ?Ele conhece a

crise e sabe se defender dela. Mas é claro que em caso de perda de emprego o quadro atual pode mudar?, avalia Borges. De acordo com pesquisa da Fecomercio-SP, é provável que a crise internacional perdure ao longo de 2009, mas com indícios de equilíbrio e normalidade. Parte dos pacotes de

estímulo vai ajudar empresas e a recuperar parcela da confiança do consumidor, que volta lentamente a agir de forma usual.

Fonte: www.portaldocomercio.org.br

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